terça-feira, 31 de agosto de 2010

Obras de Belo Monte vão começar em setembro

Os quatro canteiros da obra as usina de Belo Monte deverão começar a ser montados a partir de setembro, quando se espera a concessão da licença de instalação pelo IBAMA. Os documentos do Plano Básico Ambiental (PBA) já foram entregues ao órgão ambiental há dez dias, de acordo com um dos integrantes do consórcio. Se essa previsão se confirmar, até dezembro os 18 sócios da Norte Energia, Sociedade de Propósito Específico (SPE) criada para construir e administrar a segunda maior usina do país , deverão desembolsar R$ 560 milhões para custear as primeiras despesas, como por exemplo indenizações, instalações e estudos topográficos e geológicos.

Mas para o presidente da SPE, Carlos Nascimento, adiantou que o financiamento do BNDES só deverá ser feito no ano que vem, quando começarão as obras. “Até o fim deste ano, teremos apenas sua configuração” afirmou Nascimento.

A expectativa da Eletrobrás é que as obras possam ser iniciadas até o primeiro semestre de 2011, antes do inicio do período chuvoso na Região Norte. A meta é antecipar a operação da usina, em pelo menos, seis meses para garantir um faturamento maior do que o previsto. O cronograma prevê que a usina vai começar a gerar energia em fevereiro de 2015.

A norte Energia tem participação majoritária do grupo Eletrobrás: 49,98%, sendo a holding com 15%, a Chesf outros 15% e a Eletronorte com 19,98%. Os sócios restantes são privados e fundos de pensão das estatais. São elas: Bolzano (10% de participação), Petros (10%), Gaia Energia e participações (9%), Caixa FIP Cevix (5%), OAS (2,51%), Queiroz Galvão (2,51%), Funcef (2,5%), Cetenco Engenharia (1,25%), Contern Construções e Comércio (1,25%), Galvão Engenharia 1,25%), Mendes Junior Trading e Engenharia (1,25%), J. Malucelli Construtora de Obras (1%), Sinobras (1%) e J. Malucelli Energia(0,25%).

Fonte: O Liberal

domingo, 29 de agosto de 2010

Eletronorte investirá no Luz Para Todos

A Eletronorte pretende investir até o final deste ano R$ 900.000.000,00 milhões no programa de universalização do acesso a energia (Luz Para Todos) no Pará. O investimento será o valor necessário para fechar a meta de instalar energia elétrica em 350 mil unidades residenciais.

As obras executadas estão na fase complementar, uma vez que as 269 mil ligações inicialmente previstas foram alcançadas ainda no final do ano passado. Para fazer as ligações específicas próximos à usina hidrelétrica de Belo Monte, em 11 municípios, serão gastos mais R$ 600 milhões e aproximadamente 24 mil familias serão beneficiadas.
Prefeito Chiquinho (presidente CBM) e Sandra Xavier em reunião na sede da Eletronorte (Brasilia/DF) discutindo sobre o Programa Luz Para Todos para os municípios que compôem o consórcio.

O órgão federal investiu até o momento aproximadamente R$ 1.100.000.000 bilhões. São 130 mil km de cabos, 12 mil postes de energia e 100 mil transformadores instalados. A Rede Energia (Celpa) terá investido R$ 300 milhões no programa.

A concessionária prometeu nos quatro anos seguintes mais de R$ 3.5 bilhões em melhorias, ampliação e modernização da rede.
Reunião com representantes dos órgãos
Os dados fora divulgados em encontro realizado na tarde do dia 26 entre os representantes dos dois órgãos.

Fonte: O Liberal
Fotos: Sandra Xavier

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Presidente Lula assina outorga de concessão de Belo Monte

Nesta quinta-feira (26/8), no Palácio do Planalto, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o decreto de outorga e o contrato de concessão para exploração do potencial hidrelétrico do Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte, localizado no Rio Xingu, no Pará.

A concessão para a construção, no município de Vitória do Xingu, foi objeto de leilão realizado no dia 20 de abril deste ano e outorgada à Norte Energia S.A. por um prazo de 35 anos. A Norte Energia é composta por 18 empresas estatais, privadas, empreiteiras, fundos de pensão, fundos de investimento e consumidores livres.
Presidente Lula e Prefeito Chiquinho presente na cerimônia.

A Norte Energia firmará contratos de comercialização de energia elétrica no ambiente regulado, com as concessionárias de distribuição, no montante de R$ 62 bilhões, relativos ao fornecimento de 795 mil MWh.

Para explorar o potencial hidrelétrico, a concessionária recolherá à União, como pagamento pelo uso de bem público, o valor anual de R$ 16,6 milhões, além de cerca de R$ 200 milhões que serão pagos à União, ao Estado do Pará e aos municípios impactados, referentes à compensação financeira pela utilização de recursos hídricos.
Presidente Lula assinando outorga de Belo Monte

Com estimativa de iniciar as operações em 2015, Belo Monte será a maior usina hidrelétrica brasileira e a terceira maior do mundo. Segundo o Ministério de Minas e Energia, sua construção deve gerar cerca de 20 mil empregos diretos. A usina teve o reservatório reduzido em relação ao projeto inicial e a área de alagamento diminuída em 60%. Enquanto a média nacional de áreas alagadas pelas usinas hidrelétricas é de 0,49 km2 por MW instalado, Belo Monte impactará apenas 0,04 km2 por MW instalado, não inundando terras indígenas.

Discurso do Presidente Lula – Confira trechos do discurso do Presidente da República: “Precisamos guardar o dia de hoje em nossa memória e, quem sabe, no livro que vai contar a história do Setor Elétrico brasileiro. Mas o que está acontecendo hoje aqui é o fim de um período em que as pessoas tinham medo de governar; o fim de um período em que as pessoas tinham medo de debater. E o que está acontecendo hoje aqui, que vai passar para a história, é que nós estamos tornando possível algo que durante 30 anos parecia impossível”.

“Por que é que se tornou possível uma coisa que era impossível? Porque o Estado brasileiro é mais Estado do que era um tempo atrás. Porque a Eletrobras voltou a ser uma empresa participante do mercado e porque o Estado brasileiro entendeu que deveria compartilhar as responsabilidades de uma obra dessas com a iniciativa privada. Mas também se tornou possível porque nós resolvemos conversar com as pessoas, e vocês sabem que ainda tem gente contra. Vocês, certamente, acompanham os panfletos, os manifestos, os processos na Justiça contra. Não apenas contra Belo Monte, contra qualquer projeto de hidrelétrica. Às vezes contra o Luz para Todos, porque tem gente que não quer que se leve energia à casa do índio porque vai mudar a cultura do índio”. “Nós vencemos o preconceito, com uma discussão séria. Qualquer pessoa de bom senso sabe que o projeto que nós estamos empreendendo hoje é menos agressivo ao meio ambiente do que era o projeto original. A construção de Belo Monte é apenas a demonstração de que não existe nada impossível. Quando alguém quer fazer, alguém é perseverante e alguém tenta descobrir todos os obstáculos para vencê-los, a gente consegue fazer. Então, hoje é uma vitória da diplomacia do setor energético, que resolveu conversar mais do que brigar. Vocês não imaginam quantos discursos eu fiz contra Belo Monte, sem nem saber o que era. Me diziam ‘fala’, eu falava. E é exatamente no meu governo que acontece Belo Monte”.

“Agora vamos fazer o Complexo Tapajós, fazer as hidrelétricas-plataformas, que eu gostaria que a gente discutisse mais a sério. É preciso sair o projeto concreto agora, para a gente começar a discutir e começar a colocar em prática. No mais, gente, parabéns. Eu espero que a gente comece logo as obras para podermos fazer uma visita a Belo Monte”.


Fonte: Secretaria de Imprensa da Presidência da República, 26 de agosto de 2010.
Fotos: Sandra Xavier

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Contrato de concessão de Belo Monte será assinado amanhã

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que fará amanhã de manhã cerimônia de assinatura do decreto de outorga da concessão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHE Belo Monte), no Palácio do Planalto.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto com o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, e representantes da Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada a partir do Consórcio Norte Energia, vencedor do leilão de energia da usina, assinarão o contrato de concessão.


Entre as atribuições da Aneel, a entidade ficará responsável pela gestão do contrato e a fiscalização pelo acompanhamento das obras.

O leilão de energia da UHE Belo Monte ocorreu em 20 de abril. A usina será instalada no Rio Xingu, no município de Vitória do Xingu, no Pará e será a terceira maior do mundo com capacidade mínima instalada de 11.233,1 megawatt/hora.

A energia custará R$ 77,97 por megawatt/hora - o preço-teto estipulado foi de R$ 83 por megawatt/hora.
Fonte: Correio Braziliense (25/08/2010)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Belo Monte: contrato será assinado na quinta

O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou ontem que o contrato de concessão de Belo Monte com o consórcio Norte Energia será assinado na quinta-feira. O leilão ocorreu em abril. Belo Monte será a terceira maior usina do mundo e será construída no rio Xingu (PA).

Ele afirmou ainda que o governo federal já tem estudo de inventários de hidrelétricas concluídos que somam 28 mil megawatts. Isso representa um quarto da base instalada no Brasil. Segundo ele, esses projetos estarão disponíveis para leilão a partir do próximo governo. O planejamento e a posse de projetos concluídos é importante porque o governo tem mais opção para expansão do parque de geração elétrica no Brasil, e com mais agilidade.

O presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz, afirmou no mesmo evento que o consórcio Norte Energia, liderado pela estatal, vai fazer alterações no projeto de Belo Monte discutido em audiência pública.

Segundo ele, as mudanças elencadas por ele incluem a construção de apenas um e não dois canais de derivação. Esse canais vão drenar as águas do rio Xingu para dentro da chamada Volta Grande do Xingu, onde vai ficar o reservatório da usina.

Outra mudança é a retirada da obra do vertedouro auxiliar, que iria liberar água do reservatório para um trecho do rio Xingu. A terceira mudança é do recuo da barragem principal da posição original. Segundo Muniz, isso reduzirá o custo com escavações e concretagem.

O executivo disse que essas alterações viabilizaram a inclusão das empreiteiras Odebrecht e Camargo Corrêa no consórcio construtor de Belo Monte.

Fonte; Diário do Pará